sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Pequeno Príncipe

Antoine de Saint-Exupéry- O Pequeno Príncipe
 ****************************** ... -Se alguem ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando as contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar...." Mas se o carneiro come a flor, é para ele bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! E isto não tem importancia!
Não pôde dizer mais nada. Pôs-se bruscamente a soluçar. A noite caíra. Larguei as ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso. da sêde e da morte. Havia uma estrela, num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o. E lhe dizia: A flor que tu amas não está em perigo.... Vou desenhar uma pequena mordaça para o carneiro... uma armadura para a flor... Eu...."Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontra-lo... É tão misterioso o país das lágrimas!...
Ganhei esse livro aos dezessete anos. Hoje mais de trinta anos ele ainda fala ao meu coração.

Quando seu filho pergunta sobre Deus



Para todos os pais , essas perguntas podem estar entre as mais difíceis e as mais importantes.
Kristin Von Kreisler


Uma tarde quando Kim Flodin conversava com a filha Yasmine, quatro anos, a menina perguntou por que a pele da babá era mais escura do que a dela. Isso levou a uma conversa sobre as diferenças físicas entre as pessoas.
- Deus nos ama a todos, não importa a cor de nossa pela – disse a mãe.
- De que cor são os olhos de Deus? Indagou Yasmine.
Flodin fez uma pausa.
-Ah, não sei.
-Deus está sempre conosco? Foi a pergunta seguinte.
Outra pausa.
-Claro.
- Então onde este Deus?
-Yasmine, é difícil falar sobre isso.
Tão difícil, alias, que mais tarde Flodin foi pedir auxilio à diretora da escola maternal paroquial da filha. “Quero que Yasmine tenha o conforto da oração e uma referencia de certo e errado”, diz Flodin. “Mas como ajudar minha filha, pois se baseiam em crenças e não em provas cientificas?”
Muitos pais têm a mesma preocupação de Flodin. Mesmo que consigam conversar facilmente com os filhos sobre o colégio e outros assuntos podem ficar perdidos ao discutir algo abstrato como Deus.
No entanto falar sobre Deus pode ser o melhor meio de atender algumas necessidades fundamentais da criança.
Diz o rabino Harold Kushner, autor de When Children ask about God (Quando as crianças perguntam sobre Deus):” É importante falar sobre Deus como meio de explicar as coisas do mundo, como a beleza da natureza, o nascimento de um bebê, a morte de um amigo. Junto com essas explicações surge um sentimento de reverencia. Algo na alma das crianças anseia pela maravilha e pelo mistério.”.
Falar sobre Deus também pode ajudar a tornar as crianças mais seguras. “Como Deus é constante e superior a todas as mudanças, pode dar às crianças apoio e referencial moral, num mundo em que tudo é tão transitório”, explicar a pastora Anne Wetherholt.
No caso de muitas crianças, o problema é que os pais dirigem toda a energia delas para atividades variadas – de aulas de musica a uso de computadores -, mas deixam de lado a lição da fé. Esses pais esquecem-se de que o dizem e fazem- ou não dizem e não fazem – tem impacto duradouro sobre sos filhos.
O melhor meio de desenvolver a vida espiritual de nossos filhos é falar sobre Deus francamente e com simplicidade. A regra geral concordam muitos especialistas, é deixar que as crianças dirijam a conversa – e a seguir acompanhar com perguntas, percepções se idéias, Depois que a filha lhe fez perguntas Kim Flodin começou a pensar em como responder. Mais tarde, a menina quis saber por que não podia ver Deus. “Porque”, disse-lhe Flodin então, “Deus é como o vento. Não podemos vê-lo, mas podemos senti-lo. Deus está em nosso coração quando nos amamos uns aos outros.”
Saber antecipadamente o que esperar das crianças à medida que vão compreendendo a existência de Deus poderá ajudar você a sentir confiança quanto ao que dizer a elas.
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(Artigo extraído da revista Seleçoes abril de 1998. Em próximo momento colocarei sobre os estágios de crescimento espiritual da criança e como abordar sobre Deus).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Johan en Jeannette Lukasse - Turma da Jocum em Belo Horizonte

Carta informativa JOCUM Belo Horizonte
Janeiro 2008
Alguns meses atrás, Calebe(*), um dos nossos obreiros, acabou atrás das grades, embora inocente, devido a um infeliz conjunto de circunstâncias. Já se faziam 15 anos desde que tivemos problemas mais sérios com a polícia. Naquela ocasião, eles seqüestraram e torturaram Mati, um jovem samoano que integrava nossa equipe de obreiros. Escrevi sobre isso em meu livro A cry from the streets, que está sendo traduzido para o português. Mas agora, Calebe, um obreiro calmo e confiável, fora eso sob falsas acusações, enquanto passeava com uma das crianças em um parque.
Ficamos estarrecidos com tamanha injustiça. A princípio, estávamos confiantes de que, após alguns esclarecimentos a polícia reconheceria que cometera um erro e Calebe pudesse ser solto. Entretanto, fora algemado por 10 horas junto a um banquinho de delegacia e depois transferido para uma apertada cela que teve de dividir com outros nove presos, alguns dos quais com problemas mentais. Brigas e estupros são muito comuns em lugares assim, construídas para comportar não mais do que três pessoas.

Calebe depois me contou que naquela fatídica noite os versos do salmo 139:8 vieram à sua mente: “se faço minha cama no mais profundo abismo, lá estás também”. Deus de fato o confortou naquela terrível situação. Ele estava seguro de que Deus estava com Ele e que o ajudaria...

Continuamos achando: “Amanhã a polícia irá admitir seu erro e o deixará ir.” Todavia, o contrário aconteceu. Ele fora transferido para outra prisão! Lá não lhe fora permitido receber visitas pelos 30 dias seguintes, exceto de seu advogado. Nos primeiros quatro dias a situação só piorou. Descobrimos que ele então estava dividindo uma minúscula cela com outros 14 prisioneiros de alta periculosidade. Eu não podia sequer imaginar o que se passava com ele. Foi horrível. Mal conseguíamos dormir. Mas, na medida em que mais e mais pessoas se interavam da situação, muitos começaram a orar por ele; nossos obreiros, as crianças e sua igreja.

No quinto dia recebemos um telefonema de amigos ligados ao governo, logo após uma reunião de oração com a liderança da base. Eles haviam conseguido com que pudéssemos visitar Calebe, contrariando todas as regras e regulamentações, e ainda poderíamos levar roupas, comida, livros e um cobertor. Também prometeram transferi-lo para outra cela.

Calebe nos contou mais tarde o quão feliz e agradecido ele ficou quando viu sua nova e espaçosa cela, com 14 beliches, todas com colchão! “Era como se estivesse dando entrada em um hotel”, ele disse. Todos os outros presos acreditaram em sua inocência, e o deixaram em paz. Alguns até mesmo oraram com ele e juntos leram a Bíblia.

Quando o visitamos naquela mesma tarde, Calebe nos confidenciara que o Senhor havia dito a ele que “a vitória já havia sido dada a ele”, pelo que Calebe estava totalmente convencido de que seria solto. Ainda assim, seu advogado e nossos influentes amigos precisaram de um total de 23 dias até que se resolvesse a situação, além de dois meses para ter novamente seu nome limpo de quaisquer acusações.

Quando perguntei a ele se Deus havia ensinado algo em meio a isso tudo, Calebe nos disse, com lágrimas nos olhos, que tinha muita dificuldade em crer que as pessoas da sua igreja, os obreiros e as crianças da sua base realmente se importavam com ele, ou o amavam. Mas já durante a primeira noite que passara algemado a um banquinho na delegacia, ele vira, às duas e meia da madrugada, uma van cheia de obreiros que trabalhavam com ele que vieram dar apoio, e acenavam para ele, do outro lado do corredor, gritando que orariam por ele, o que fez quebrar sua incredulidade.

Depois disso, as coisas só melhoraram. A cada visita, muitas cartas, e-mails e desenhos de obreiros, de pessoas da sua igreja e das crianças eram entregues a ele. Calebe foi ovacionado de pé durante a primeira reunião semanal já de volta à nossa base da JOCUM. Ele se afogou em lágrimas, de alegria, aliviado e grato. Que grande testemunho de como Deus transforma uma terrível experiência em algo positivo.

*(Nome fictício para proteger a identidade)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

11/10/2007 - 06h35 -Missão Portas Abertas

O drama dos gêmeos coptas por causa da lei islâmica

Mario e Andrew que escreveram: "Sou cristão"
EGITO (18º) - A Constituição do Egito, que adota a sharia (lei islâmica), prevê que quando um dos pais se converte ao islã, os filhos passem automaticamente para a custódia do genitor muçulmano. É o caso de Mario e Andrew Medhat Ramsis, gêmeos coptas hoje considerados muçulmanos depois que o pai deles se converteu ao islã.

O caso de custódia deles teve início no dia 3 setembro, mas foi adiado. O advogado deles, Naguib Gabriel, enfrenta intensa oposição, enquanto trabalha para retardar o julgamento para depois do dia 17 de novembro, quando será julgada a questão da reconversão de 12 muçulmanos que querem voltar ao status de coptas (leia mais).

Os pais dos gêmeos, Medhat Ramses e Kamilia Lutfi Medhat, eram um casal cristão quando os meninos nasceram, mas o pai se divorciou da mãe, deixando para trás os filhos, e se converteu ao islã para se casar com uma muçulmana.

Em fevereiro, a mãe dos meninos descobriu que eles tinham sido colocados em classes de educação islâmicas na escola para refletir sobre a escolha do pai. No entanto, o homem muçulmano já não vivia com a família cristã desde a conversão dele ao islamismo e do novo matrimônio, em 2002.

Os gêmeos ganharam notoriedade quando se recusaram a prestar o exame de religião islâmica, em maio deste ano, exigido para passar ao próximo grau.

"Somos cristãos", declararam os meninos

Na ocasião eles declararam: "Sou cristão". Cada um deles escreveu a frase em um teste. Eles deixaram as demais respostas em branco (leia mais).

O Ministro de Educação do Egito, Yusri al-Gamal, anunciou no dia 25 de agosto que passaria os meninos automaticamente para o próximo grau, mas a mãe cristã dos gêmeos disse que ainda restam problemas subseqüentes.

"Soube que a lei egípcia concede a custódia das crianças para a mãe até que elas completem 15 anos, mas eu descobri que isto só se aplica a mães muçulmanas", disse Kamilia Lutfi em uma entrevista coletiva no dia 27 de agosto deste ano, de acordo com o semanal copta "Watani".

"Se os gêmeos se recusarem a colocar o islã em seus documentos, correm o risco de não receber serviços básicos como educação e cuidados médicos", disse Hossam Baghat, da ONG Iniciativa Egípcia pelos Direitos Individuais.