sexta-feira, 7 de setembro de 2007


Sou Feliz com Jesus (Hino nº: 398 do Cantor Cristão)


Se Paz a mais doce me deres gozar,

Se dor a mais forte sofrer,

Oh seja o que for,

Tu me fazes saber,

Que feliz com Jesus sempre sou!

Sou feliz com Jesus!

Sou feliz com Jesus meu Senhor!

Embora me assalte o cruel Satanaz,

E ataque com vis tentações;

Oh, Certo eu estou,

Apesar de aflições,

Que feliz eu serei com Jesus!

Sou feliz com Jesus!

Sou feliz com Jesus meu Senhor!

Meu triste pecado , Por meu Salvador,

Foi pago de um modo cabal;

Valeu-me o Senhor,

Oh, Mercê sem igual!

Sou feliz!
Graças dou a Jesus!
Sou feliz com Jesus!

Sou feliz com Jesus meu Senhor!

A vinda eu anseio do meu Salvador;

Em breve virá me levar.

Ao céu onde eu vou

Para sempre morar

Com remidos na Luz do Senhor!

Sou feliz com Jesus!

Sou feliz com Jesus meu Senhor!

Autor - Letra original inglesa: Horatio Gates Spafford.

Histórico: Em 1873, Horatio Gates Spafford, presbiteriano e advogado em Chicago, com sua esposa e suas quatro filhas planejou uma viagem para descanso na Europa. Mas problemas de negócios imprevistos forçaram Spafford a adiar sua partida; sua esposa e as filhas viajaram em novembro de 1873; numa colisão com outro navio, o "Ville du Havre" naufragou no Oceano Atlântico, tendo morrido as filhas e sido resgatada a esposa, que enviou uma mensagem telegráfica para Spafford: "Saved alone" (Salva, sozinha). Spafford escreveu a letra deste hino quando outro navio, que o transportava para a Inglaterra, chegou perto do local da tragédia.
Em 1876, Philip Paul Bliss, que musicou a letra de Spafford, ia com a esposa para Chicago de trem, que caiu de uma ponte e incendiou-se.
Na tentativa de resgatar sua esposa, Bliss morreu afogado no rio.
Horatio e a esposa em 1881 foram morar em Jerusalém, onde tiveram sua quinta filha, Bertha Spafford Vester, que fundou um lar para cranças abandonadas.
Anne Grace Lind, neta de Spafford, guardou a quinta estrofe do hino, descoberta em 1995, com o seguinte texto:
"Prá mim só importa Cristo prá viver. Se o Jordão ameaçar me afogar. Oh! Não sofrerei, pois, na morte e na vida, Tu me darás Tua paz!" (ver: "O Batista Pioneiro", março de 1996; "Notícias de Israel", n°.11/95).

Amizade não se vende nem se compra, se conquista



Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira lata branco e preto que atendia pelo nome de Malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras. Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não havia recebido nem um pouco de comida. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava. Tudo que ganhava, dava primeiro para o malhado, que, paciente, comia e ficava a esperar por mais um pouco. Não tinha onde dormir, onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão Bonito e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte. Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor que Serapião levava. Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam a toa pelas ruas.- Nossa amizade começou com um pedaço de pão - disse o mendigo. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.- Como vocês se ajudam? Perguntei.- Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode. Continuando a conversa, perguntei:- Serapião, você tem algum desejo de vida?- Sim, respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.- Só isso? Indaguei.- É, no momento é só isso que eu desejo.- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço.- Por que você deu para o Malhado logo a salsicha? - Perguntei intrigado. Ele, com a boca cheia, respondeu:- Para o melhor amigo, o melhor pedaço. E continuou comendo, alegre e satisfeito. Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e saí pensando com meus botões: Aprendi alguma coisa hoje. Como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar. E saber reconhecer neles o seu real valor, agindo em consonância. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita:"PARA O MELHOR AMIGO O MELHOR PEDAÇO".