terça-feira, 28 de outubro de 2008

O que Deus pensa do mundo?


Rev. Angus Stewart

(...) O que DEUS pensa do mundo?
Deus declara: "Como está escrito: não há justo, nem um sequer, não há que entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer" (Rm. 3:10-12). Por causa da queda "o mundo inteiro jaz no Maligno" e, por isso, "todo o mundo" é culpado "diante de Deus" (Rm. 3:6).
De forma similar, Cristo testemunha contra o mundo: "Porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más" (Jo. 7:7). "O julgamento é este: que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más" (Jo. 3:19).
Ainda, "porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus" (I Co. 3:19) visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria" (I Co. 1:21). Na cruz de Cristo, Deus "tornou louca a sabedoria do mundo" (I Co. 1.20) e julgou o mundo (Jo. 12:31).
O que Deus diz sobre o mundo na Bíblia será declarado aberta e incontestavelmente no dia do juízo final. Lá todos verão quão importante é crermos em Deus e entendermos corretamente sua verdade revelada em seu Filho, Cristo Jesus, através das Escrituras Sagradas.
Deus tem pensamentos de amor e paz para seus eleitos (Ef. 1:4) os quais foram reconciliados pela cruz de Jesus Cristo (II Co. 5:19). Eles vencem o mundo caído pela fé em Cristo Jesus, o Filho de Deus (I Jo. 5:4-5), e entrarão no novo mundo, novos céus e nova terra, "nos quais habita justiça" (II Pe. 3:13).
Traduzido por: Daniel Leite Guanaes

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Qual a sua comida?

Cuidado com o que você come.


Por Rafael Brito

Estudo de Célula - 11/10/2008
(Grupo de Jovens da Terceira Igreja Batista de BH)


“Disse-lhes Jesus: a minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra” – João 4:34


“Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles no pão com gergelin.” Propaganda de uma famosa rede de lanchonetes.

1.O que você mais gosta de comer?
2.Qual o papel da comida na vida do ser humano? Comemos apenas para satisfazer nossas necessidades biológicas?
3. Quando Jesus diz “ a minha comida”, o que ele realmente quer expressar?
4.Qual tem sido a sua comida do dia-a-dia?
5.Você acha que precisa mudar de dieta?
6.Se sim, qual seria a sua nova dieta?

Para refletir durante a semana: “É possível alguém se tornar um obeso espiritual?

“Porque tanto amo Dios al mundo, que Dio a su Hijo unigênito, para que todo el que creen él no se pierda, sino que tenga vida eterna.” Juan 3:16

domingo, 5 de outubro de 2008

E se Deus fosse um de nós


Por Rafael Brito


Estudo para Célula – 04/10/08
(Grupo de Jovens da Terceira Igreja Batista de BH)


Joan Osborne - What If God Was One Of Us

If God had a name what would it be?
And would you call it to his face?
If you were faced with him In all his glory
What would you ask if you had just one question?
And yeah, yeah,
God is greatYeah, yeah,
God is goodYeah, yeah, yeah-yeah-yeah
What if God was one of us?
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way homeIf
God had a face what would it look like?
And would you want to see
If seeing meant that you would have to believe in things like heaven and in Jesus and the saintsand all the prophets
Trying to make his way home
Back up to heaven all alone
Nobody calling on the phone'cept for the Pope maybe in Rome
Just trying to make his way home
Like a holy rolling stone
Back up to heaven all alone
Just trying to make his way home
Nobody calling on the phone'cept for the Pope maybe in Rome

Tradução

Se Deus tivesse um nome, qual seria?
E você o ligaria ao seu rosto?
Se você encontrasse com ele em toda a sua glória
O que você perguntaria, se você pudesse fazer apenas uma pergunta?
Sim, sim, sim, Deus é maravilhoso
Sim, sim, sim, Deus é bom
Sim, sim, sim....E se Deus fosse um de nós?
Apenas um preguiçoso como nós
Apenas um estranho no ônibus
Tentando voltar para casa?
Se Deus tivesse um rosto, como seria?
E você gostaria de vê-lo, se
Você tivesse que acreditar em coisas como paraíso
E em Jesus e os Santos e em todos os profetas?
Tentando voltar para casa
Voltar pro céu completamente sozinho
Ninguém chamando ao telefone
Exceto pelo papa talvez em Roma
simplesmente tentando voltar para casa
Como uma santa pedra rolando
Voltar pro céu completamente sozinho
Simplesmente tentando voltar para casa
Ninguém chamando ao telefone
Exceto pelo papa talvez em Roma

“Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou ser igual a Deus, antes, se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra.” Filipenses 2:6-8

Perguntas

1. Pensando na primeira estrofe da música, você já parou para imaginar com seria a “aparência” de Deus? Como você o imagina? Você o reconheceria se o visse na rua?
2. O que o texto de Filipenses nos diz a respeito da forma de Deus? (Tente estabelecer um paralelo com a idéia de deus da segunda estrofe da canção)
3. Se Deus fosse como o deus sugerido na canção, qual seria a diferença entre Ele e o Deus do texto de Filipenses?
4. A autora faz um paralelo entre o que nós somos e o que Deus é. Que tipo de pessoa a canção diz que nós somos?
5. Você gostaria de ver Deus se “tivesse que acreditar em coisas como o paraíso, e em Jesus e os santos e em todos os profetas”?


Para refletir mais um pouquinho:
6. E se você também pudesse fazer uma única pergunta para Deus, qual seria?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Missões nos dias de hoje


Essa é uma carta informativa de uma missionaria da Jocum.
Palavras de encorajamento para a Igreja e todos aqueles que se encontram no campo missionário.

O conceito de missionário (a) tem começado a se tornar comum no contexto cristão no Brasil. Estamos vivendo um grande despertar para o mesmo. Temos realizado muitas conferências missionárias, muitos projetos, novas agências de missões se levantando em diferentes partes do mundo, muitas igrejas estão enviando, confiando e abrindo seus escritórios de missões.
Tenho visto no campo, missionários entre 18 a 80 anos. Muitos jovens têm se despertado, casais, famílias, pessoas avançada em idade e até mesmo crianças e adolescentes tem doado suas férias escolares para realizar missões. E dessa forma missões esta sendo realizado de tempo integral em diferentes partes do mundo, a curto, médio e longo prazos. Isso é magnífico! Essa grande avalanche chamada Missões faz parte do cumprimento da promessa, os Céus têm pressa, e esse despertar é como o grito dos anjos anunciando como está próxima a volta de Jesus. Diante de tudo isso, temos uma grande responsabilidade de honrar a Deus ac­ima de tudo e vivermos dígnos de ser­mos chamados missionários. Se per­dermos o foco do significado de ser um missionário desfaleceremos. Mas qual o significado de ser missionário? O que é ser um verdadeiro missionário?
No livro de Atos dos apóstolos aprendemos muito com os relatos de Paulo. Após a crucificação e a GLORIOSA RESURREIÇÃO de JESUS CRISTO, os apóstolos foram os primeiros missionários contidos nos relatos bíblicos do novo testamento. E se lermos bem chegaremos à conclusão do que é ser um verdadeiro missionário.
Eles eram portadores da Verdade dispostos a levar a mensagem de Cristo a todos os lugares habitados da terra. Foram viajantes por terra, andaram muitos quilômetros e por vários dias, e também por mar e até naufragaram algumas vezes. Eles não tinham sustento fixo e nem conta bancária com cartões de crédito para a hora do sufoco. Eles foram excluídos pelos seus, rejeitados, prisioneiros, açoitados, apedrejados, decapitados, cerrados, crucificados, taxados como blasfemadores e até mortos. Isso nos ensina que ser um mis­sionário e renunciar a própria vida para que outros encontrem a Vida (I Jo 3:16). Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e Ele mesmo foi um missionário, e plan­tou isso também nos corações dos seus discípulos. Foi algo tão impactante que até hoje colhemos esses frutos. E necessário se entregar e depender totalmente de Deus. Mas sabemos que não parou por aí, com os anos o evangelho foi se expandindo, vimos que muitos missionários de épocas também viveram nessa entrega total. Deixaram tudo por povos transculturais, passando vários anos no meio deles, apre­ndendo a língua, comendo com eles e como eles, se escondendo, fugindo, contrabandeando bíblias, pioneirando agências missionárias e iniciando igrejas. São inúmeras as obras realizadas, mais eles permaneceram. Os desafios, na verdade, eles sempre vão existir mas claro que cada tipo de desafio relacionado a sua época. Nos dias de hoje, por exemplo, na era do facilitarismo, onde tudo se consegue rápido e sem muito esforço. Nós missionários mesmo com tantas conquistas e facilidades como avião, carros, conta bancária, sus­tento fixo e muitos intercessores. Não podemos perder a dependência total em Deus, passando a confiar na criatura do que no Criador. Creio fielmente que tudo que temos hoje é por causa do preço que muitos missionários pagaram antigamente. Ser missionário não significa apenas assinar o nome no final das nossas cartas informativas. Temos que viver realmente para o que fomos chamados custe o que custar, a entrega e dependência jamais poderá ser substituída pela época presente.
Jesus pagaram o preço os apóstolos, e muitos pastores e missionários também o fizeram, continuemos a viver o verdadeiro significado da vida missionária para que o mundo saiba que Jesus Cristo é o Senhor.
Tenha orgulho de dizer “Eu sou missionário”, mas antes de dizer tenhamos coragem de viver como um Missionário. Um dia Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer fica ele só, mas se morrer produz muitos frutos.” Jo. 12:24.
Para que outros colham, a questão não é viver e sim morrer.

Um grande abraço e fiquem na paz. Lílian Bertoldo

Jesus e a Política - Frei Betto


Não há nada mais político do que dizer que a religião nada tem a ver com a política
(Desmond Tutu-bispo sul-africano e prêmio Nobel da Paz)

Na América Latina, não se pode separar fé e política, assim como não seria possível fazê-lo na Palestina do século I. Na terra de Jesus, quem detinha o poder político, detinha também o poder religioso. E vice-versa. Talvez soasse estranho, hoje, a certos ouvidos religiosos introduzir a leitura do Evangelho falando de Clinton e Nelson Mandela, Felipe Gonzaléz e François Mitterand. No entanto, ao introduzir-nos nos relatos da prática de Jesus, Lucas primeiro nos situa no contexto político, informando que "já fazia quinze anos que Tibério era imperador romano. Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes governava a Galiléia e seu irmão Felipe, a região da Ituréia e Traconites. Lisânias era governador de Abilene. Anás e Caifás eram os presidentes dos sacerdotes" (3, 1-2).
Foi sob o símbolo da cruz que a colonização ibérica na América Latina promoveu o genocídio de 30 milhões de indígenas e o saque das riquezas naturais. Sob a silenciosa cumplicidade da Igreja católica, mais de 10 milhões de negros foram trazidos da África, como escravos, para o nosso continente. Com a conivência das Igrejas cristãs, instalou-se em nossos países o sistema burguês de dominação capitalista. Portanto, não se trata de vincular fé e política somente quando se refere ao atual processo eleitoral.
O fato de que fé e política estejam sempre vinculados em nossas vidas concretas, como seres sociais que somos - ou animais políticos , na expressão de Aristóteles - não deve constituir uma novidade senão para aqueles que se deixam iludir por uma leitura fundamentalista da Bíblia, que pretende desencarnar o que Deus quis encarnado. A fé é um dom do Pai a nós que vivemos neste mundo. No Céu, nossa fé será vã, pois veremos a Deus face a face. Portanto, a fé é um dom politicamente encarnado, que tem razão de ser nesta conflitividade histórica, na qual somos chamados, pela graça, a distinguir o projeto salvífico de Deus.
Nem mesmo em Jesus é possível ignorar a íntima relação entre fé e política, ainda que, para alguns cristãos, pareça estranho aplicar certas categorias Àquele que nos assegura, por sua ressurreição, a vitória, em última instância, da vida sobre a morte e da justiça sobre a injustiça. Que Jesus tinha fé o sabemos pelos textos que falam dos longos momentos que ele passava em oração (Lucas 4, 16; 5, 16; 6, 12). Ora, só quem necessita aprofundar sua fé entrega-se ao encontro orante com o Pai. A oração é para a fé o que o adubo é para a terra ou o gesto de carinho para o casal que se ama. O Evangelho nos fala até mesmo das crises de fé de Jesus, como as tentações no deserto (Mateus 4, 1-11; Marcos 1, 12-13; Lucas 4, 1-13) e o abandono que ele sentiu na agonia no horto das oliveiras (Mateus 26, 36-46; Marcos 14, 32-42; Lucas 22, 39-46).
Há quem insista que Jesus se restringiu a comunicar-nos uma mensagem religiosa que nada tem de política ou ideológica. Tal leitura só é possível se reduzimos a exegese bíblica à pescaria de versículos, arrancando os textos de seus contextos. Não é só o texto que revela a Palavra de Deus, mas também o contexto social, político, econômico e ideológico, no qual se desenrola a prática evangelizadora de Jesus. Todos nós, cristãos, somos inelutavelmente discípulos de um prisioneiro político. Mesmo que na consciência de Jesus houvesse apenas motivações religiosas, sua aliança com os oprimidos, seu projeto de vida para todos (João 10, 10), tiveram objetivas implicações políticas. Por isso ele não morreu na cama, mas na cruz, condenado à pena de morte. Já na introdução de seu evangelho, Marcos mostra como as curas operadas por Jesus - o homem de espírito mau, a sogra de Pedro, os possessos, o leproso, o paralítico, o homem de mão aleijada - desestabilizaram de tal modo o sistema ideológico e os interesses políticos vigentes, que levaram dois partidos inimigos - o dos fariseus e o dos herodianos - a fazerem aliança para conspirar em torno de "planos para matar Jesus" (3, 6). Assim, vê-se que as implicações políticas da ação salvífica de Jesus tornaram-se tão graves e ameaçadoras, que induziram Caifás, em nome do Sinédrio, a expressar que era "melhor que morra apenas um homem pelo povo do que deixar que o país todo seja destruído" (João 11, 50).
E como situar, no contexto da Palestina do século I, a questão ideológica? Lucas registra que "Jesus crescia tanto no corpo como em sabedoria" (2, 52). Era pois um homem de seu tempo e que, segundo Paulo, "pela sua própria vontade abandonou tudo o que tinha e tomou a natureza de servo e se tornou semelhante ao homem" (Filipenses 2, 7). A divindade de Jesus não transparecia por uma consciência que pudesse emergir completamente de seu contexto cultural e sobrepairar, onisciente, acima do tempo e do espaço. Tal possibilidade adequa-se à imagem grega de deus e não à imagem bíblica. Jesus era Deus encarnado e possuía a mesma natureza do Pai. Ora, para o Novo Testamento, "Deus é amor. Quem vive no amor vive em união com Deus e Deus vive em união com ele" (1 João 4, 16). Portanto, Jesus era Deus porque amava assim como só Deus ama. E nisto consiste a nossa imagem e semelhança com Deus: é divina a natureza de todo amor de que somos capazes. E o somos como abertura a Deus, que nos habita mais profundamente do que o nosso próprio eu, e nos faz acolher o próximo. No entanto, nossa consciência, como a de Jesus, permanece tributária de nosso lugar social e de nosso tempo histórico. Em Jesus, Deus acolhe preferencialmente os oprimidos, em cujo lugar social se encarna e a partir do qual anuncia a universalidade de sua mensagem de salvação. Não há pois neutralidade. Jesus assume a ótica e o espaço vital dos pobres. Seu ponto de vista é a vista situada a partir de um ponto, o da Promessa que ressoa como bem-aventurança aos que injustamente foram privados da plenitude da vida.
Há também em Jesus um vínculo profundo entre sua fé e a ideologia apocalíptica, que o fez esperar com tanta expectativa a eclosão do Reino de Deus ainda para a sua geração (Marcos 9, 1). Muitos exegetas estão de acordo que a crise maior de Jesus foi constatar que não haveria coincidência entre seu tempo pessoal e seu projeto histórico. O Reino, que se antecipou em sua vida e ressurreição, exigiria a Igreja como sacramento histórico capaz de anunciá-lo, testemunhá-lo e prepará-lo na acolhida do dom de Deus.