segunda-feira, 26 de julho de 2010

Perguntas para fazer àqueles que buscam conhecer mais do Evangelho


Rebeca Pippert, do Caderno de Conferências

1.Se você pudesse fazer uma pergunta a Deus, qual seria?
Se você não acredita em Deus, como é que você gostaria que Deus fosse, no caso em que Ele exista?
2.Qual você pensa ser o maior problema no mundo hoje/ (Qual é a origem dos problemas humanos?)
3.Qual é a solução?
4.Você já leu ou estudou alguma parte da Bíblia desde que virou adulto/ O que você achou? Fez algum sentido?
5.Onde está Deus em tempos de sofrimento?(As dificuldades da sua vida ou daqueles a quem você têm afetado a sua crença em Deus?)
6.Você me permitiria explicar qual é a essência da fé cristã?
7.Você se importaria de me dar um retorno sobre onde eu não estou sendo claro, ou sobre aquilo que não faz sentido?

Lembre-se: Essas conversas podem vir a ser o pontapé inicial para começar um Estudo Bíblico para pessoas que buscam conhecer mais do Evangelho!

terça-feira, 8 de junho de 2010

"Haja o que houver"

Na Romênia, um homem dizia sempre ao filho:
-Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado!
Houve, nesta época um terremoto de grande intensidade. Na hora do tremor o homem, que estava em uma estrada, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho tinha ido para a escola. Correu para lá e a encontrou totalmente destruída. Não restava uma única parede de pé.
Tomado de uma enorme tristeza, ficou ali recordando o filho e sua promessa não cumprida: "Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado". Seu coração estava apertado, e apenas conseguia ver a destruição.
Mentalmente, percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando a mão do filho, o portão, o corredor, as paredes, virava a direita e o via entrar. Mas agora estava tudo destruído. Resolveu então, fazer em cima dos escombros o mesmo trajeto. Portão...Portas... Corredor...Virou a direita...E parou em frente ao que deveria ser a porta da sala em que seu filho estudava. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe.
Olhava. Tudo destruído. Ficou desolado. Mas continuava a ouvir sua promessa:


-Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado! E ele não esteve quando ele mais precisou...
Começou a cavar com as mãos.
Enquanto fazia aquilo chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:
-Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.
Ele retrucava:

- Você vai me ajudar?


Mas ninguém ajudava, e aos poucos, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida.
A única coisa que o homem dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:

-Você vai me ajudar?
Chegaram os bombeiros, e foi à mesma coisa...
Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, cinco, 10, 12, 22, 24, 30 horas. Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:
-Pai... Estou aqui!
Feliz, o homem fazia força para abrir um vão maior e perguntou:
-Tem mais alguém com você?
-Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo, estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem. Pai, eu falei a eles: vocês podem ficar sossegados, pois meu pai vai nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora... Haja o que houver, meu pai estará sempre a meu lado!
-Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco, disse o pai.
-Não Pai! Deixe os outros saírem primeiro... Eu sei que haja o que houver... Você estará me esperando!
(Esta história é verídica).

É assim que Deus faz com cada um de seus filhos. Ele sempre está ao nosso lado nos lembrando o que nos prometeu, de que estaria conosco todos os dias de nossas vidas até que tudo se consumasse.
Você se lembra do que Ele te prometeu?
Como está a sua perseverança? Em que você acredita? E o que vc tem ensinado aos seus filhos?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Melhor é dar do que receber. É mesmo?

Reunião ABU - 17/05/10

“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘há maior felicidade em dar do que em receber’”. Atos 20:35

Qual foi o melhor presente que você já recebeu em sua vida? Você se lembra? Foi um presente de natal? Aniversário de quinze anos? Ou foi um presente surpresa, dado por um amigo, namorado, o até por um estranho?

Receber presentes nos faz sentir que somos significativos, dignos de atenção e investimentos. Essas são necessidades básicas do ser humano. É fato que elas não são satisfeitas pelo simples fato de ganhar uma ‘coisa’, mas repousam na percepção de que, quem deu, se importa conosco. Quando recebemos um presente, é como ouvir que somos importantes.

Qual foi o melhor presente que você já recebeu em sua vida? Você se lembra? Foi um presente de natal? Aniversário? Foi um presente para sua mãe ou pai, ou um presente para o namorado, esposa querida?

Dar presentes nos faz sentir algo que ainda não consegui delimitar exatamente. Às vezes é uma sensação de alegria. Outras vezes de paz. E às vezes uma sensação de dever cumprido. Dar um presente, mais do que dar uma coisa, significa afirmar, ou reafirmar, o valor de quem o recebe. Quando damos um presente, é como dizermos que outra pessoa é importante.

Nesse trecho do livro de Atos, o apóstolo Paulo reafirma o seu exemplo de trabalho e esforço em prol da pregação do evangelho. Não é um trabalho sem sentido, mas um trabalho árduo porque “devemos ajudar os fracos”. Falar de Jesus é dar a alguém a oportunidade de receber o maior presente de todos, a salvação. Em muitas ocasiões, essas oportunidades serão fruto de trabalho árduo e penoso, cujo resultado pode nada acrescentar a nós diretamente.

Entretanto, quando damos algo , nos aproximamos mais da possibilidade de amar, porque saímos do foco e colocamos outras pessoa no centro. Não é o evangelho “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”? Talvez possamos dizer, de um modo mais palpável e prático que o evangelho é “dar a Deus acima de todas as coisas e dar ao próximo como daria a mim mesmo”.

Não percamos tempo. Pratiquemos: “há maior felicidade em dar do que em receber”.

Abraços

Rafael Brito (Médico da Prefeitura de Belo Horizonte)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bem aventurados - Um povo em extinção?


* Por Rafael Brito

O sucesso é um dos grandes valores da nossa época.

Sucesso profissional/financeiro
Sucesso sentimental/familiar
Sucesso ministerial/eclesiástico

Na contramão dos principios atuais, o Senhor Jesus aponta como bem aventurados(bem sucedidos) aqueles que são humildes de Espírito:
Choram
São mansos
Têm fome e sede de justiça
São limpos de coração
são pacificadores
São perseguidos por causa da justiça

Voce consegue imaginar um grande executivo com as características acima?
Finalmente, bem aventurados aqueles quê são caluniados e injuriados por causa de Cristo.
Tornar-se um "perdedor" nos padrões do mundo é o que nos torna "vencedores" nos padrões de Deus.
Caminhar no padrão de sucesso do mundo é tornar-se sal insípido, luz que não ilumina, inútil.

O resultado da graça é retomarmos a nossa caminhada em direção ao sucesso biblíco, que aponta muitas vezes para uma aparente perda imediata. Se Cristo foi o homem mais aventurado de todos, porque ele morreria na cruz?

Que não sejamos um povo em extinção, mas caminhemos em direção a vontade de Deus. Que possamos orar com Davi: Salmo 51:10-13: Cria em mim um coração puro e renova em mim um espírito reto.

Desse modo, seremos bem-aventurados. E como bem-aventurados seremos luz. Uma luz que brilha.

*Dr Rafael Brito - Médico da Prefeitura de BH e mestrando da UFMG

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Santa Ceia do Senhor, e os Benefícios Conferidos por Ela




João Calvino


1. Porque Cristo instituiu a Ceia

Deus, depois de nos ter recebido em Sua família, não para servir-se de nós como criados, e sim para ter-nos no número de Seus filhos, a fim de conduzir-nos como um bom pai de família, que se preocupa com seus filhos e descendentes, e pensa no modo de sustentar-nos durante toda nossa vida. E não contente com isto, nos quis dar a segurança de Sua perpétua liberalidade para conosco, dando-nos um presente. Para este fim instituiu por meio de Seu Unigênito Filho outro sacramento; a saber; um banquete espiritual, no qual Cristo assegura que é o pão da vida (João 6:51) com o qual nossas almas são mantidas e sustentadas pela bem aventurada imortalidade.

E como é sobremodo necessário entender um tão grande mistério; e por ser tão profundo, requer uma explicação particular; e Satanás ao contrário, a fim de privar a Igreja deste inestimável tesouro, por muito tempo o manteve obscurecido, primeiramente com trevas, e depois com nuvens mais espessas; e, além disso tem suscitado discussões e disputas para desagradar aos homens. E posto que em nossos dias ele tem usado as mesmas armas e artifícios, me esforçarei em primeiro lugar para explicar o que se deve saber a respeito da Santa Ceia do Senhor, de uma forma que os ignorantes possam entender; e depois explicarei aquelas dificuldades nas quais Satanás tem procurado enlaçar o mundo.

O pão e o vinho são sinais de uma realidade espiritual. Antes de tudo, os sinais são o pão e o vinho; os quais representam o mantimento espiritual que recebemos do corpo e sangue de Cristo. Porque como no Batismo, ao regenerar-nos, Deus , nos incorpora a Sua Igreja e nos faz Seus por adoção, assim também temos dito que com este desempenha o papel de um zeloso pai de família proporcionando-nos continuamente o alimento com o qual nos conserva e mantém naquela vida que nos gerou com Sua Palavra; Agora bem, o único sustento de nossas almas é Cristo, e por isso nosso Pai Celestial nos convida para que venhamos a Ele, para que alimentados com este sustento possuamos dia após dia maior vigor até chegar por fim à imortalidade no céu. E como este mistério de nos unirmos com Cristo é por sua natureza incompreensível, Ele nos mostra a figura e imagem com sinais visíveis mui próprios de nossa débil condição. Mais ainda; como se nos desse um presente, nos dá tal segurança disso, como se O víssemos com os nossos próprios olhos; porque esta semelhança tão familiar: que nossas almas são alimentadas com Cristo, exatamente igual o pão e o vinho natural alimentam nossos corpos, penetra nos entendimentos, por mais rudes que sejam.

Vemos pois para que fim este sacramento foi instituído; a saber, para nos assegurar que o corpo do Senhor foi, uma vez por todas, sacrificados por nós, de tal maneira que agora o recebemos e ao recebermos sentimos em nós a eficácia deste único sacrifício. E desta forma, que Seu sangue de tal maneira tem sido derramado por nós, que nos possa servir de bebida perpetuamente. Isto é o que dizem as palavras da promessa, que ali se adicionam: ‘’Tomai, comei, este é o meu corpo, que é dado por vós’’ ( Mt. 26:26; Mc 14:22; Lc 22:19; 1 Cor. 11;24). Assim, nos manda que tomemos e comamos o corpo que uma vez foi oferecido para nossa salvação, a fim de que tenhamos a plena confiança de que a virtude deste sacrifício se mostrará em nós. E por isso chama o cálice, pacto em seu sangue; porque de certa forma renova o pacto que uma vez fez com o Seu sangue, ou melhor dizendo, continua realizando no que concerne a confirmação de nossa fé, sempre que nos dá seu preciso sangue para que o bebamos.


2– Os frutos da Santa Ceia

Nossas almas podem obter deste sacramento grande fruto de confiança e doçura, pois temos testemunho de que Jesus Cristo, de tal maneira é incorporado a nós, e nós a Ele, que tudo quanto é Seu podemos chamar de ‘’nosso’’. E tudo quanto é nosso, podemos dizer que é Seu. Por isso com toda segurança nos atrevemos a nos assegurar de que a vida eterna e o reino dos céus no qual Cristo entrou não pode deixar de ser nossos, assim com não pode deixar de ser d’Ele. ; e, pelo contrário, não podemos ser condenados pelos nossos pecados, posto que ele nos tem absolvido de todos, tomando-os sobre Si e desejando que lhes fossem imputados, como se Ele os houvesse cometido. Tal é a admirável troca e substituição que Ele, meramente por Sua infinita bondade, quis fazer conosco. Ele, aceitando toda nossa pobreza, nos tem transferido todas as suas riquezas, tomando sobre si nossas fraquezas, nos tem feito forte com Sua virtude e potência, recebendo em Si nossa morte, nos tem dado a Sua imortalidade; carregando todo o peso dos nossos pecados, debaixo dos quais estávamos em agonia, nos tem dado Sua justiça para que nos apoiemos n’Ele, descendo a terra nos tem aberto o caminho para chegar ao céu, fazendo-se filho do homem, nos tem feito filhos de Deus.


3– A Ceia demonstra nossa redenção e que Cristo é nosso

Todas estas coisas Deus nos tem prometido plenamente neste sacramento, que devemos estar certos e seguros que nos são simbolizadas nele, nem mais nem menos que se Cristo estivesse presente e o víssemos com os nossos próprios olhos, e o tocássemos com as nossas mãos. Porque Sua Palavra não pode falhar nem mentir: Tomai, comei, este é o meu corpo que é dado por vós; este é meu sangue que é derramado para a remissão de vossos pecados. Ao mandar que o tomem, dá a entender que é nosso ao ordenar que o comam e que bebam, mostra que se torna uma substância conosco. Quando diz: Este é o meu corpo, entregue por vós; este é o meu sangue, derramado por vós, nos declara e nos ensina que eles não são tão Seus como nossos, pois os têm tomado e deixado, não para Sua comodidade, e sim por amor a nós e para nosso proveito.

Devemos notar diligentemente, que quase toda virtude e força do sacramento consiste nestas palavras: que por vós é entregue; que por vós se derrama; porque de outra maneira não nos serviria de grande coisa que o corpo e o sangue do Senhor nos fosse servido agora, se não houvessem sido entregues de uma vez por todas para a nossa salvação e redenção. E assim nos são representados pelo pão e vinho, para que saibamos que não somente são nossos, e sim que também nos concedem a vida e o sustento espiritual. Já temos advertido que pelas coisas corporais que se propõem devemos dirigir-nos segundo uma certa proporção e semelhança, às coisas espirituais. E assim quando vemos que o pão nos é apresentado como um símbolo e sacramento do corpo de Cristo, devemos recordar em seguida a semelhança de que como o pão sustenta e mantém o corpo, de mesma maneira o corpo de Jesus Cristo é o único mantimento para alimentar e vivificar a alma.. Quando vemos que nos é dado o vinho como símbolo e sacramento do sangue, devemos considerar para que serve o vinho ao corpo e que bem este lhe faz, para que entendamos que o mesmo faz o sangue de Cristo em nós: nos confirma, conforta, regozija e alegra. Porque se considerarmos atentamente que proveito obtemos do fato de que o corpo sacrossanto de Cristo tenha sido entregue e Seu precioso sangue derramado por nós , veremos claramente , que o que se atribui ao pão e ao vinho lhes convém perfeitamente segundo a analogia e semelhança a que aludimos.


4. Cristo é nosso pão e nossa bebida de vida

Não é, pois, o principal do sacramento dar-nos simplesmente o corpo de Jesus Cristo; o principal é selar e firmar esta promessa na qual Jesus Cristo nos disse que Sua carne é verdadeira comida, e Seu sangue bebida, mediante os quais somos alimentados para a vida eterna, e nos assegura que Ele é o pão da vida, do qual o que tivesse comido, viverá eternamente. E para isto, quer dizer, para selar a mencionada promessa, o sacramento nos remite à cruz de Cristo, onde esta promessa tem sido de todo realizada e cumprida. Porque não comemos a Jesus Cristo de maneira apropriada, a menos que O tenhamos como tendo sido crucificado, enquanto com vívida apreensão, percebemos a eficácia de Sua morte. Porque Ele se chama pão da vida, não por causa do sacramento, como muitos falsamente têm entendido, mas porque nos tem sido dado como tal pelo Pai; e se nos mostra tal, quando se havendo feito partícipe de nossa condição humana mortal, nos fez participantes de sua divina imortalidade; quando se oferecendo em sacrifício, tomou sobre si toda nossa maldição, para encher-nos de Sua bênção; quando com Sua morte devorou e tragou a morte; quando em Sua ressurreição, ressuscitou com glória e incorrupção a nossa carne corruptível, da qual Ele se havia revestido.


5. Recebemos a Cristo, pão da vida, no Evangelho e na Ceia

Resta somente que tudo isto se torno nosso, por aplicação. Isto é feito por meio do evangelho, e mais claramente pela Santa Ceia, onde Cristo oferece a Si mesmo a nós, com todas as Suas bênçãos, e O recebemos em fé. O sacramento, portanto, não faz que Cristo se torne pela primeira vez o pão da vida; mas, ele nos recorda que Cristo foi feito o pão da vida, para que constantemente O comamos, ele nos dá o gosto e o sabor deste pão, e nos faz sentir sua eficácia. Porque nos assegura que tudo isto que Jesus Cristo fez e padeceu, foi para nos vivificar. E além do mais, que esta vivificação é eterna. Porque como Cristo não seria o pão da vida, se uma vez não houvesse nascido, morte e ressuscitado por nós, assim também é mister que a virtude destas coisas seja permanente e imortal, a fim de que recebamos o fruto das mesmas.

Isto o expõe mui bem em São João, quando disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo" (João 6:51); onde sem dúvida alguma, demonstra que Seu corpo havia de ser pão para dar a vida espiritual às nossas almas, em quanto o devia entregar à morte por nossa salvação. Porque Ele O deu uma vez por pão, quando O entregou para ser crucificado pela redenção do mundo; e O dá a cada dia, quando pela Palavra do Evangelho se oferece e apresenta, para que participemos dEle, visto que foi crucificado por nós; e, por conseguinte, sela um tal participação com o mistério de Sua Santa Ceia; e quando interiormente cumpre o que externamente significa.

Não despojemos os sinais de sua realidade. Comungar não é somente crer. Não há ninguém, a não ser que careça absolutamente de sentimentos religiosos, que não admita que Jesus Cristo é o pão da vida, com o qual os fiéis são sustentados para a vida eterna; porém, o que não estão de acordo, é no modo de se realizar tal participação.

Há alguns que numa palavra definem que comer a carne de Cristo e beber Seu sangue não é outra coisa, senão crer nEle. Porém, a mim me parece que o mesmo Cristo quis dizer, neste notável sermão, algo muito mais alto e sublime, ao recomendar-nos que comamos Sua carne; a saber, que somos vivificados pela verdadeira participação que nos dá nEle, a qual se significa pelas palavras comer e beber, a fim de que ninguém pensasse que consistia num simples conhecimento. Porque, como o comer e beber, e não o simplesmente mirá-lo, é o que dá sustento ao corpo, assim também é necessário que a alma seja verdadeiramente partícipe de Cristo, para ser mantida na vida eterna.

http://www.monergismo.com/

Páscoa Cristã no Paquistão


Grande número de cristãos é esperado para cultos de Páscoa

Os cristãos paquistaneses terão que celebrar a Páscoa em silêncio, assim como fizeram no Natal. Na ocasião, as igrejas comemoraram a data de maneira discreta. Do lado de fora, não havia luzes ou decorações para marcar a data, por temer ataques de extremistas muçulmanos. Para um líder cristão, esse também um tempo para discrição. Até agora, não houve nenhum incidente ou ataque por causa da data cristã, mas o perigo ainda é real.

Mesmo com a insegurança, os fieis devem comparecer em grande número para os cultos de Páscoa, pois a fé deles é “inabalável”, afirma o líder. A segurança deve ser garantida, mas o posicionamento estratégico das forças de segurança não é o bastante. Os cristãos devem assumir essa responsabilidade em oração.

Enquanto o extremismo religioso cresce no Paquistão, os não muçulmanos continuam a ser vítimas da discriminação e perseguição. Isso se une à crise global, bombardeios, aumento de preços, e desemprego. Tais problemas estão encorajando os extremistas a lutarem contra o governo. As pessoas se sentem inseguras mesmo dentro de suas casas.

Apesar dos perigos e incertezas, o líder manda uma mensagem de esperança para os cristãos que estão se preparando para celebrar a Páscoa. Até a mídia televisiva vai cobrir os eventos. Mesmo com medo e preocupados, os cristãos não permitirão que o temor os domine.

O líder religioso fez um pedido para a imprensa e para os cristãos ocidentais, para que “orem pelos cristãos paquistaneses”, pois esse apoio é fundamental para a sobrevivência deles.

Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: http://www.portasabertas.org.br

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Valores Reais


LIBERDADE
João 8:32

A adolescência é a etapa da vida em que é feita a transição da criança dependente para o adulto maduro e auto-suficiente. Um dos elementos de uma transição bem sucedida é aprender a usar a liberdade inteligentemente. Deus nos criou para sermos livres, mas liberdade não significa ausência de restrições.
Deus também nos criou para sermos responsáveis e confiáveis. Aprender como viver em liberdade é, portanto, uma das lições mais importantes da vida. Os cristãos aprendem essa lição diante do cenário da cruz – o preço da nossa liberdade.

É difícil imaginar como seria a vida sem liberdade. Muitas vezes supomos que todos têm a mesma liberdade que temos, mas é só conversar com pessoas de certos países:
Ø No Japão, o futuro de um aluno é determinado por uma prova que ele faz ao terminar o ensino fundamental. Se ele for bem, poderá ir para as melhores escolas e formar-se numa área que o conduzirá a uma profissão respeitada. Se for mal, irá para uma escola técnica, e suas alternativas profissionais serão limitadas.
Ø Na China, as pessoas recebem ordens quanto à profissão que devem seguir. O governo tenta limitar o tamanho das famílias, de forma que tenham apenas um filho.
Ø No Irã, uma mulher pode ser morta por mostrar a testa em público.
Ø A escravidão ainda existe em partes da África, Ásia e América do Sul.

Romanos 12:3. Talvez você nunca tenha tido que se preocupar com a questão de viver sob o domínio de um governo opressor. Mas, como a maioria dos adolescentes, você pode ficar irritado com as restrições impostas a você por seus pais, pela escola ou sociedade.
Você já desejou ser livre para fazer qualquer coisa que seu coração desejasse? A liberdade total é boa? Há momentos em que uma pessoa não deveria ter liberdade?

Leia Isaías 1:18-20. Você já desejou que Deus não tivesse dado a Lúcifer a liberdade de pecar? Pode ser que nunca compreendamos totalmente como o pecado conseguiu entrar no coração de um ser criado perfeito, mas sabemos que Deus insiste para que cada uma de Suas criaturas tenha a liberdade de escolha – liberdade de escolher a obediência ou a desobediência.

Alguns anos atrás, psicólogos realizaram uma experiência para descobrir como uma restrição afetava a forma como as crianças se comportavam num playground. Os pesquisadores descobriram um playground que não era protegido por qualquer cerca. Depois de observar as crianças durante algum tempo, os pesquisadores mandaram construir uma cerca ao redor da área de brincar.
Mais tarde descobriram que, uma vez que a cerca estava construída, as crianças passaram a usar toda a área do playground, e não apenas o centro. As crianças ficaram mais relaxadas, porque não tinham mais que temer pela sua segurança. A cerca, em vez de tornar-se uma restrição, deu-lhes paz de espírito e maior liberdade.

Leia Gálatas 5:13

No mundo, muito se fala sobre a liberdade total dos humanos. Mas muitos se esquecem de que a liberdade deve vir acompanhada de valores cristãos, pois a real liberdade está embasada em uma vida fiel ao Criador do Universo, o quem em Sua infinita bondade e sabedoria nos dotou de livre-arbítrio. Nossa liberdade deve ter limites de respeito e amor ao próximo.

A liberdade é importante para Deus. Para preservar nossa liberdade, Ele nos proveu certas restrições, mas Ele também nos deu a escolha de decidir a favor ou contra a salvação.

Esse texto está no site Biblia Online. Ver Sites recomendados ao lado.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pais, filhos e drogas – O que fazer?

Por Fernanda Rezende

O crescimento do número de jovens viciados em drogas tem preocupado muitos pais. Lidar com um filho adolescente já é um grande desafio quando o filho não é viciado em drogas. Quando a droga entra em jogo, a situação se torna muito tensa e delicada.

O diálogo aberto e constante com os filhos é essencial para orientar e alertar sobre o risco das drogas, mas os pais não devem esperar ouvir que o filho experimentou alguma droga para falar sobre o assunto.

É importante que os pais informem-se sobre os riscos de certas drogas e evitem falar disso com discursos dramáticos. Fale com seus filhos de maneira clara e objetiva. Ouça-os e esteja sempre aberto a perguntas, respondendo sempre com franqueza. Se não souber a resposta, assuma ao invés de tentar mostrar que sabe tudo. Os filhos ganham confiança nos pais quando esses são abertos e agem com honestidade.

Infelizmente, não há uma fórmula que os pais possam usar para prevenir que seus filhos se tornem viciados em drogas. Eles devem fazer a parte deles, dando afeto aos filhos desde o nascimento, sendo bons exemplos dentro de casa e mantendo um relacionamento saudável e aberto com os filhos, sempre orientando-os e se dispondo a ouví-los, mas não podem decidir por eles.

Quando os pais descobrem que o filho é um dependente, eles têm a tendência de tentar tomar as rédeas da situação e agir com suas próprias forças, muitas vezes com as emoções à flor da pele. Porém, os pais não devem tomar nenhuma atitude sem antes procurar um especialista no assunto e receber uma orientação adequada de como lidar com o filho. Como existe uma variedade grande de drogas com diferentes efeitos, algumas sendo legais e outras ilegais e algumas sendo socialmente mais aceitáveis do que outras, os pais de filhos dependentes recebem orientações diferentes de acordo com o tipo de droga em jogo. Existem várias instituições de ajuda a pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas; informe-se e não tenha vergonha de procurá-las.

Os pais de filhos viciados em drogas normalmente se sentem culpados pelas escolhas dos filhos, mas eles devem entender de que seus filhos são responsáveis pelas suas próprias decisões. Pode ser que eles (os pais) tenham errado na educação de seus filhos, afinal todos nós somos suscetíveis a errar, mas eles devem olhar de maneira madura para a situação, encarando os erros e procurando mudar ao invés de carregar uma culpa que não lhes pertence.

O caso de filhos viciados em drogas é muito delicado. Procure ajuda de quem entende do assunto e não entre em desespero. A restauração é possível.
(Texto original no Portal Clube 700)